quinta-feira, 28 de abril de 2011

João Paulo II: Um apóstolo dos jovens enamorados por Cristo

Por Diácono Marcos Sabater - Paróquia Santa Maria dos Pobres
Licenciado em Jornalismo

Jamais tenho escrito um artigo tão pessoal como este, mas a ocasião apela à alma agradecida. Todo o mundo já sabe que, a partir do próximo 1º de Maio, contaremos com um novo beato no nosso calendário litúrgico: o magnífico João Paulo II.
Milhares de milhares de jovens tiveram a oportunidade de conhecê-lo e escutá-lo nas Jornadas Mundiais da Juventude que tanto bem continuam fazendo, não só a nós – peregrinos com mochilas nas costas – mas sobre tudo às pessoas das cidades e dos países que visitamos.

A mídia está caindo num grande erro que poderíamos considerar como uma espécie de ‘peixe parasita’ da globalização: o mundo em que vivemos está destinado ao fracasso e ao colapso devido a que não podemos esperar nada de bom. A humanidade tem chegado a considerar a si mesma como “algo” totalmente corrompido. A juventude tornou-se quase que imagem do peso esmagador do tempo.
Pois bem: não é verdade! Eu conheço e tenho visto milhares de jovens que tem descoberto o sentido desta vida em função daquela que nos foi preparada para vivê-la sem contemplações, jovens que vivem santamente o seu namoro porque se amam de verdade, matrimônios que não passam dos trinta e já constituíram famílias numerosas abertas à vida, casais que permanecem felizmente unidos mais de quarenta, cinqüenta anos porque tem aprendido a perdoar-se e amar-se cada vez mais... E se tantas pessoas podem viver esta realidade do amor – que é divino – é porque há um ‘culpável’: Jesus Cristo.
Mas Ele escolhe pessoas concretas para agir nas nossas histórias e poder entrar assim na vida e não forçar a nossa liberdade na hora de aceitá-lo ou recusá-lo. Ele age seduzindo-nos e atraindo-nos para si, jamais por imposição, como fazem as “ditaduras democráticas” do pensamento único por meio da violência, do sectarismo e da falsa tolerância.
Podeis adivinhá-lo, uma destas pessoas através das quais Deus trabalhou muito foi João Paulo II, cujo pontificado esteve marcado profundamente pela sua solicitude pastoral, de modo especial para conosco, os jovens. A minha vocação, de fato, teve início num encontro dos jovens espanhóis com o Papa no Aeroporto de Quatro Ventos, em Madri, o mesmo onde será o encontro com Bento XVI na próxima Jornada Mundial da Juventude. Lembro perfeitamente os dias (3 e 4 de Maio de 2003), porque são especiais na mudança de concepção que se deu em mim a partir daquele dia.
Já quase acabando nesse ano os estudos de Jornalismo na Espanha e com muitos projetos de repórter de guerra, de solteirão e de “ser” alguém, Jesus Cristo veio ao meu encontro, direto ao coração, saindo dos lábios de João Paulo II. “Não desanimeis, porque não estais sozinhos: o Senhor nunca deixará de vos acompanhar, com a sua graça e com o dom do seu Espírito. Esta presença fiel do Senhor torna-vos capazes de assumir o compromisso da nova evangelização”, disse.
Jovens, muito atentos com o chamado de Jesus, porque não tem retorno. Ele nos quer para si porque nos quer bem e felizes. “A evangelização exige hoje com urgência sacerdotes e pessoas consagradas. Eis a razão pela qual desejo dizer a cada um de vós, jovens: se sentis a chamada de Deus que vos diz: ‘Segue-me!’, não a sufoqueis. Sede generosos, respondei como Maria oferecendo a Deus o sim alegre das vossas pessoas e da vossa vida. Dou-vos o meu testemunho: eu fui ordenado quando tinha 26 anos. Quando olho para trás e recordo estes anos da minha vida, posso garantir-vos que vale a pena dedicar-se à causa de Cristo e, por amor d'Ele, consagrar-se ao serviço do homem. Vale a pena dar a vida pelo Evangelho e pelos irmãos!”...
E eu acrescento, “vale a pena ser santo!”.
Um pouquinho de fé já é demasiado para fazer nascer a esperança em tantos corações.

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