Diácono Marcos Sabater
Paróquia Santa Maria dos Pobres
Jornalista (Rádio Maria e Arquidiocese de Brasília)
2. A acolhida recíproca da Igreja brasiliense e do novo arcebispo
Jornalista (Rádio Maria e Arquidiocese de Brasília)
2. A acolhida recíproca da Igreja brasiliense e do novo arcebispo
Desde o dia 15 de junho, quando o papa Bento XVI nomeou D. Sérgio da Rocha como Arcebispo de Brasília, a nossa Igreja conta com um pastor eleito que assumirá, no próximo 6 de agosto, o serviço de fortalecer a unidade e a comunhão do povo de Deus na capital federal. Desde o momento da sua nomeação, a nossa arquidiocese está se preparando para acolhê-lo e recebê-lo com alegria e espírito de ação de graças a Deus.
O espírito de acolhida está tornando o trabalho árduo em algo que exprime o amor do trabalho em equipe. A Comissão Arquidiocesana de Acolhida está organizando todo o trabalho de recepção, hospedagem e transporte. Por outro lado, a Comissão de Liturgia ficou encarregada de levar adiante os preparativos do tríduo e da eucaristia, na qual D. Sérgio tomará posse perante mais de cinquenta bispos e milhares de fiéis. O Setor de Comunicação, por sua parte, em colaboração com a mídia religiosa radicada em Brasília, cobrirá as notícias dos eventos que pontilharão os dias prévios à tomada de posse na Catedral Metropolitana de Brasília.
Dizem os sábios que só amamos aquilo que conhecemos e só conhecemos aquilo que amamos. Nesse sentido, o nosso arcebispo deverá aprofundar ainda mais na realidade de Brasília para conhecer e amar o rosto da Igreja aqui presente desde 1960. Com essa finalidade, entre as primeiras coisas que D. Sérgio deverá fazer antes da tomada de posse será escutar o parecer do Colégio dos Consultores em relação à situação atual da Igreja particular a ele confiada pelo Papa.
Certamente D. Sérgio já deve ter lido os documentos da Arquidiocese de Brasília emanados durante os últimos anos para conhecer os planos de catequese, de evangelização ou de pastoral. Ou quem sabe? Também já deve ter conversado com D. João Braz de Aviz em Roma ou com D. Waldemar Passini, Administrador apostólico, para aproximar-se do perfil brasiliense da nossa Igreja. Uma coisa é certa: D. Sérgio dará continuidade ao trabalho dos bispos anteriores, respeitando sempre o perfil e as particularidades da nossa arquidiocese.
É por isso que a forma de administrar e de servir à Igreja em Brasília não será a mesma que em São Carlos, Fortaleza ou Teresina, onde exerceu o ministério sacerdotal e foi bispo auxiliar e arcebispo, respectivamente. No entanto, ele conta desde já com a graça do estado episcopal para discernir e olhar a Arquidiocese de Brasília com um coração aberto e amoroso. Ele está se preparando para acolher-nos a todos e cada um de nós como nosso bispo e pastor. Por isso, devemos estender a ele os nossos braços e acolhê-lo com um coração agradecido a Deus pela sua presença em nosso meio.
No dia 6 de agosto, na Catedral Metropolitana, está previsto o processo canônico da tomada de posse, processo que consiste na apressentação dos documentos apostólicos da nomeação de D. Sérgio – por Bento XVI – como Arcebispo de Brasília ao Colégio dos Consultores, estando presente também o Chanceler da Cúria. Este último pedirá a assinatura ao Arcebispo eleito de Brasília para, depois, lavrar o fato em ata. A partir desse momento, que acontecerá de modo reservado na sacristia, Dom Sérgio da Rocha, já empossado, iniciará o seu episcopado como Arcebispo Metropolitano de Brasília, celebrando a sua primeira eucaristia conosco.
Meditemos junto com Inácio de Antioquia sobre o grande mistério do grau pleno do sacerdócio: o episcopado. O santo bispo de Antioquia nos fala da vivência dos primeiros cristãos e sobre o amor tão grande que Deus tem por seu povo ao enviar pastores para apascentar o rebanho:
“Segui todos ao bispo, como Jesus Cristo segue ao Pai (...). Sem o bispo, ninguém faça nada do que diz respeito à Igreja. Considerai legítima a eucaristia realizada pelo bispo ou por alguém que foi encarregado por ele. Onde aparece o bispo, aí esteja a multidão, do mesmo modo onde está Jesus Cristo, aí está a Igreja católica. Sem o bispo não é permitido batizar, nem realizar o ágape. Tudo o que ele aprova é também agradável a Deus, para que seja legítimo e válido tudo o que se faz no Nome do Senhor” (Carta aos esmirniotas, 8, 1-2: FuP 1, 177).
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