sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A Riqueza dos Salmos

Pe. André Lima
Superintendente do Sistema Nova Aliança de Comunicação




  
Prezado leitor, a partir da proposta de refletir sobre a oração, o papa Bento nos introduz na riqueza dos Salmos.

O conjunto de Salmos, ou seja, o Saltério se apresenta como um "formulário" de orações, uma coletânea de cento e cinquenta salmos, que a tradição bíblica oferece ao povo dos fiéis para que se tornem a sua, a nossa oração, o nosso modo de nos dirigirmos a Deus e de nos relacionarmos com ele.
Nos Salmos podemos encontrar toda a experiência humana ao longo da história, principalmente, reflexões da antiguidade sobre a humanidade, com os seus múltiplos aspectos, bem como toda a gama de sentimentos que acompanham a existência do homem. Segundo o Papa, nos salmos entrelaçam-se e exprimem-se alegria e sofrimento, desejo de Deus e percepção da própria indignidade, felicidade e sentido de abandono, confiança em deus e solidão dolorosa, plenitude de vida e medo de morrer.

Ao observarmos, toda a realidade do crente se dirige a estas orações, que primeiro o povo de Israel e depois a igreja assumiram como mediação privilegiada da relação com o único Deus e resposta adequada ao seu revelar-se na história. Enquanto orações os Salmos constituem manifestações da alma e da fé, em que todos se podem reconhecer e nos quais se comunica aquela experiência de particular proximidade de deus, à qual cada homem é chamado, nos diz Bento XVI.

O Papa afirma que nos salmos estão toda a complexidade do existir humano que se concentra na complexidade das diversas formas literárias dos vários salmos: hinos, lamentações, súplicas individuais e comunitárias, cânticos de ação de graças, salmos sapienciais e outros géneros que se podem encontrar nestas composições poéticas. Ele nos introduz em uma nova forma de rezar! Os Salmos ensinam a rezar. O santo padre afirma que a Palavra de Deus se transforma em palavra de oração — e são as palavras do salmista inspirado — que se torna também palavra do orante que recita os salmos.
É importante falar que os salmos são palavra de Deus, por isto, quem os recita fala a Deus com as palavras que o próprio Deus nos concedeu, dirige-se a Ele com as palavras que ele mesmo nos doa. Deste modo, recitando os salmos aprendemos a rezar. Eles constituem uma escola de oração.

O papa Bento nos fala que o senhor Jesus, na sua vida terrena, recitou com os salmos, eles encontram o seu cumprimento definitivo e revelam o seu sentido mais pleno e profundo. As orações do Saltério, com as quais se fala a Deus, falam-nos Dele, falam-nos do Filho, imagem do Deus invisível (cf. Cl 1, 15), que nos revela completamente o rosto do Pai.

Portanto o cristão, recitando os salmos, reza ao Pai em Cristo e com Cristo, assumindo aqueles cânticos numa nova perspectiva, que tem no mistério pascal a sua última chave interpretativa. O horizonte do orante abre-se assim a realidades inesperadas, e cada salmo adquire uma nova luz em Jesus Cristo, e o Saltério pode resplandecer em toda a sua riqueza infinita.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O Grande Espaço da Palavra de Deus

Pe. André Lima
Superintendente do Sistema Nova Aliança de Comunicação


Prezado leitor, ao se aprofundar nas catequeses papais do ano passado, somos desafiados com a seguinte proposta: por que deixar de descobrir alguns livros da Bíblia, que normalmente não são conhecidos? Ou dos quais, talvez, ouvimos alguns trechos durante a liturgia, mas que nunca lemos na íntegra?
Ele nos explicita que Bíblia — como diz o nome — é uma coletânea de livros, uma pequena «biblioteca», nascida ao longo de um milênio. Alguns destes «livrinhos» que a compõem permanecem quase desconhecidos para a maior parte das pessoas, inclusive de bons cristãos.
O que falar do livro de Tobias, uma narração que contém um sentido muito elevado da família e do matrimônio ou do livro de Ester, em que a rainha judia, com a fé e a oração, salva o seu povo do extermínio, ou ainda mais breve, o livro de Rute, uma estrangeira que conhece deus e experimenta a sua providência.
Bento XVI diz que estes pequenos livros podem ser lidos inteiramente numa hora, inclusive nas férias. Mais exigentes e autênticas obras-primas são o livro de Jó que enfrenta o grande problema da dor inocente, o Qoelet, ou Eclesiástico, que impressiona pela modernidade desconcertante com que põe em discussão o sentido da vida e do mundo. E o Cântico dos Cânticos, maravilhoso poema simbólico do amor humano. E a beleza da leitura integral do Evangelho deve ser descoberta, assim como ele recomenda os Atos dos Apóstolos, ou uma dascartas.
Quando indicou tais livros, o papa os indicava em um período de férias para que nos momentos de pausa, a Bíblia sagrada fosse saboreada. Segundo ele, os momentos de descanso podem tornar-se, além de um enriquecimento cultural, inclusive um alimento para o espírito, capaz de nutrir o conhecimento de Deus e o diálogo com ele, a oração. E esta parece ser, na visão do Papa, uma bonita ocupação para as férias: pegar num livro da Bíblia, gozar assim de um pouco de descanso e, ao mesmo tempo, entrar no grande espaço da palavra de Deus e aprofundar o nosso contato com o eterno.
Sigamos, pois suas indicações! Boas férias, uma boa leitura e meditação.Prezado leitor, ao se aprofundar nas catequeses papais do ano passado, somos desafiados com a seguinte proposta: por que deixar de descobrir alguns livros da Bíblia, que normalmente não são conhecidos? Ou dos quais, talvez, ouvimos alguns trechos durante a liturgia, mas que nunca lemos na íntegra?
Ele nos explicita que Bíblia — como diz o nome — é uma coletânea de livros, uma pequena «biblioteca», nascida ao longo de um milênio. Alguns destes «livrinhos» que a compõem permanecem quase desconhecidos para a maior parte das pessoas, inclusive de bons cristãos.
O que falar do livro de Tobias, uma narração que contém um sentido muito elevado da família e do matrimônio ou do livro de Ester, em que a rainha judia, com a fé e a oração, salva o seu povo do extermínio, ou ainda mais breve, o livro de Rute, uma estrangeira que conhece deus e experimenta a sua providência.
Bento XVI diz que estes pequenos livros podem ser lidos inteiramente numa hora, inclusive nas férias. Mais exigentes e autênticas obras-primas são o livro de Jó que enfrenta o grande problema da dor inocente, o Qoelet, ou Eclesiástico, que impressiona pela modernidade desconcertante com que põe em discussão o sentido da vida e do mundo. E o Cântico dos Cânticos, maravilhoso poema simbólico do amor humano. E a beleza da leitura integral do Evangelho deve ser descoberta, assim como ele recomenda os Atos dos Apóstolos, ou uma dascartas.
Quando indicou tais livros, o papa os indicava em um período de férias para que nos momentos de pausa, a Bíblia sagrada fosse saboreada. Segundo ele, os momentos de descanso podem tornar-se, além de um enriquecimento cultural, inclusive um alimento para o espírito, capaz de nutrir o conhecimento de Deus e o diálogo com ele, a oração. E esta parece ser, na visão do Papa, uma bonita ocupação para as férias: pegar num livro da Bíblia, gozar assim de um pouco de descanso e, ao mesmo tempo, entrar no grande espaço da palavra de Deus e aprofundar o nosso contato com o eterno.
Sigamos, pois suas indicações! Boas férias, uma boa leitura e meditação.