quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Tempo do Advento, tempo de espera do Messias

Na noite do 24, se celebra o Natal. Acontecimento com o qual a história universal chega à plenitude devido à vinda do Messias.
Ouvimos falar tanto do Messias, mas quem é ele? A palavra grega Cristo vem do hebraico Messias, que quer dizer “ungido”. Em Israel, eram ungidos, em nome de Deus, aqueles que lhe eram consagrados para uma missão. Era o caso dos reis, dos sacerdotes e, de modo ocasional, dos profetas.
Quando a promessa feita ao rei Davi tinha caído no esquecimento do povo israelita (2Sm 7,12-16: a consolidação da realeza truncou-se pela dominação estrangeira e o exílio babilônico), o profeta Isaías recebe a unção do Espírito com a missão de anunciar a boa nova aos pobres (Is 61,1). Na volta dos exilados para a terra de seus pais, o prestígio do sacerdócio aumenta devido a ausência de um rei e então, o sumo sacerdote é ungido para exercer a chefia da comunidade.
 Deste modo e durante séculos, a vinda de Cristo foi preparada por Deus por meio de figuras e símbolos que tinham o seu marco de referência na Aliança do Senhor com o povo de Israel.
Ao ser ungido pelo Espírito de Deus, Jesus realizou e ultrapassou a expectativa messiânica de Israel até o ponto de apropriar-se para si o título de Cristo. Até a consumação final dos últimos tempos - que são os nossos - Deus faz convergir tudo para Cristo. As pessoas, impressionadas pela sua santidade e autoridade, se perguntavam: “Não é este o Messias?” Jesus Cristo, ali por onde passava, despertava nas pessoas atitudes irreconciliáveis: de seguimento ou de recusa.
“Quem dizem as pessoas que eu sou?”, pergunta aos discípulos. “O Messias”, responde Pedro. A sua carreira de Messias começará como a de servo sofrente que se oferece em sacrifício pelos nossos pecados para libertar-nos do poder do mal e da morte. Com a sua ressurreição, Jesus Cristo nos comunica o seu próprio Espírito de vida e nos manifesta uma glória mais humana. Quanto mais “cristão” (maior pertença a Cristo), mais enobrecido o homem na sua dignidade. 
 Assim como João Batista, o cristão é chamado a dar testemunho da vinda gloriosa de Cristo por meio da pregação, da conversão e do martírio. Mas, para isso, antes deve responder à pergunta: "Quem sou EU para você?"

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