quarta-feira, 16 de março de 2011

Buscar outras alternativas, mudanças de postura

Por Padre André Lima
Superintendente da Rádio Nova Aliança
Assessor de Imprensa da Arquidiocese de Brasília




Na primeira parte do texto base da Campanha da Fraternidade deste ano, nos deparamos com um questionamento sobre as causas das mudanças climáticas ocorridas nos últimos tempos. Não há consenso a respeito disto. Contudo, ninguém pode negar a influência do homem na composição do clima e das suas mudanças.

É inegável o crescimento da produção industrial no século XX. Alguns apontam para 40 vezes tal crescimento. A demanda energética que exige 16 vezes mais, as migrações da área rural para as cidades que aumentaram em 10 vezes. E segundo alguns estudos, 50% da superfície do planeta já passaram por transformações.

Com isto, verifica-se um aumento da emissão de gases poluentes que atingem a camada de ozônio. O gás metano gerado pelos cultivos agrícolas e pela pecuária. Na verdade, o dióxido de carbono é fruto da combustão de combustíveis fósseis e queimadas. O gás ozônio provocado pelas refinarias de petróleo, e o que falar do gás liberado dos sprays, fumaça de motores de aviões. Enfim, tudo isto, fruto da ação humana!

Após o recente desastre no Japão, muitos países estão revendo a verdadeira necessidade de continuar a construir usinas nucleares! Pois diante de catástrofes naturais, tais infra-estruturas se tornam frágeis diante da força da natureza.

Um discurso que faz parte dos países na busca de crescimento econômico é o progresso. Mas este, para acontecer, necessita daquilo que o texto base chama de matriz energética. A utilização de fontes não renováveis, utilizando os recursos da natureza que são limitados, faz com que acelere a sua utilização, não havendo tempo de regeneração de tais recursos, por se encontrarem esgotados.

O atual sistema energético no mundo e no país depende de combustíveis fósseis. São classificadas como energia suja por promover liberação de poluentes de consequencias danosas ao meio ambiente e para a sociedade. E se olharmos o crescimento econômico e a vida na sociedade tanto do modelo capitalista como socialista, ambos se basearam em fontes energéticas não renováveis.

Todavia, será que só existe este tipo de fonte de energia que pode ser útil? O documento nos apresenta alguns, como a energia solar, onde é uma fonte inesgotável de energia e não poluente. Temos também, a energia eólica extraída por turbinas eólicas que convertem em energia a partir do vento. A energia geotérmica, onde se aproveita o calor das camadas interiores da terra e produz o vapor para acionar turbinas.

A energia dos oceanos se apresenta como outra fonte. A mais utilizada é a que aproveita a energia das ondas por meio do seu movimento. Temos a energia hidrelétrica que aproveita o curso d’água para a produção de energia elétrica. E por fim, a energia de biomassa que realiza a combustão de materiais vegetais secundários, como o biogás e agrocombustível.

Você que me lê, com cuidado passe a observar o número de carros que temos em nossa cidade! Quantos rodam sem manutenção e poluem muito a partir dos combustíveis fósseis. E o que falar dos ônibus e caminhões com aquela fumaça preta?

Enfim, a partir destas informações, precisamos começar um processo de mudança em nossas posturas quanto ao uso de energia e a visão da natureza, a partir da nossa casa. Além de fiscalizar tais abusos de poluição, também não devemos desperdiçar energia com vários aparelhos domésticos ligados, luzes acesas, desperdício de água. E isto, todo mundo pode fazer um pouco e como comunidade obter bons resultados para a nossa sociedade e para o nosso mundo.

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