Prezado leitor, ao continuar a nossa meditação sobre a Exortação Apostólica Verbum Domini do papa Bento XVI, ele nos vem nos falar de Jesus Cristo e as escrituras.
Segundo ele, a palavra de Deus tem um rosto! Jesus apresenta como a Palavra da nova e eterna aliança, por isto se diz que Deus fez um pacto que não pode ser mais desfeito.
A vida de Jesus é uma contínua realização das Escrituras. É muito comum, no Novo Testamento encontrarmos a expressão “segundo as escrituras”.
Isto porque a palavra de Deus é, na verdade, uma pessoa. Ela acontece na vida de Cristo em toda a sua vida, paixão, morte e ressurreição a fim de que o amor de Deus seja revelado e ganhemos a salvação.
Como sabemos o ponto mais alto de toda revelação é Jesus. Nele se cumprem todas as promessas de Deus. Ele é o mediador entre os homens e o próprio Deus. Foi Jesus que nos apresentou e nos deu a conhecer o seu pai.
Em Jesus, nós descobrimos, por meio da leitura orante da bíblia, tudo o que Deus tem a nos dizer para a nossa salvação. Ele é a verdade que nos orienta.
A leitura orante, portanto, pode ser considerada um alimento para a fé, para esperança e para a caridade. A nossa missão ganha sentido e se torna mais clara quando nos aproximamos e buscamos viver esta verdade.
Nesta semana, no portal Zenit, o Papa nos falou sobre a presença de Deus na vida do homem e da sociedade. Ele diz que “a primazia de Deus na vida cotidiana é necessária para que o homem encontre a verdade sobre si mesmo, pois as ideologias que têm procurado organizar a sociedade prescindindo de Deus não puderam satisfazer o homem.”
É interessante que a verdade está na revelação! Cito um ensinamento de são João Crisóstomo que diz: “a escritura tem necessidade da revelação do espírito, a fim de que, descobrindo o verdadeiro sentido das coisas que nela se encerram, disso mesmo tiremos abundante proveito”.
Não podemos nos enganar com falsas propostas de vida! A palavra de Deus deu-se a nós e também se entregou à Igreja para podermos viver o anuncio da salvação em todos os tempos e em todos os lugares.
Assim como a palavra de Deus deve ser vivida e experimentada no seio da vida do cristão, o Papa sublinha a importância de que Deus "volte a estar" na sociedade humana.
Segundo ele, "o que é preciso recuperar primeiro no nosso mundo e nas nossas vidas é a primazia de Deus, porque esta primazia é o que nos permite voltar a encontrar a verdade do que somos, e é conhecer e seguir a vontade de Deus, onde encontramos nosso verdadeiro bem”.
No mundo de hoje, "após ter deixado Deus de lado, ou tê-lo tolerado como uma escolha privada que não deve interferir na vida pública, certas ideologias tentaram organizar a sociedade com a força do poder e da economia". Mas – prosseguiu – "a história demonstra, dramaticamente, que o objetivo de assegurar a todos o desenvolvimento, o bem-estar material e a paz, prescindido de Deus e de sua revelação, resultou em dar aos homens pedras em vez de pão."
Isso acontece, porque o homem é "incapaz de dar a vida para si mesmo", mas "se compreende só a partir de Deus: é a relação com ele que dá consistência a nossa humanidade e que torna nossa vida boa e justa".
A "fonte para recuperar e reafirmar a primazia de Deus" é a eucaristia: "aqui Deus se faz tão próximo que se torna nosso alimento, aqui Deus se faz força no caminho muitas vezes difícil, aqui se faz presença amiga que transforma".
Para termos o devido discernimento, é preciso se relacionar com a palavra de Deus. Ela se dá na sagrada escritura, junto com a tradição, sendo uma expressão viva de fé.
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