sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A Porta da Fé

Por Padre André Lima
Superintendente da Rádio Nova Aliança
Assessor de Imprensa da Arquidiocese de Brasília






Prezado leitor, neste mês de outubro, mês das missões, a partir de um olhar de fé da nossa vida, é preciso motivar-se na atuação e vivência cristã em nossa sociedade.

A Igreja nos ensina a viver os princípios cristãos, dando testemunho do Cristo ressuscitado. Nestes dias, o Papa Bento publicou a Carta Apostólica Porta Fidei, isto é, Porta da Fé, convidando os fiéis a se prepararem para o ano da fé.

A Carta diz que “a porta da fé (cf. At 14, 27), que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar, quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma. Atravessar esta porta implica embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira”.

O Papa nos informa, ainda, que “não podemos aceitar que o sal se torne insípido e a luz fique escondida (cf. Mt 5, 13-16)”. E é aqui que entra o papel ativo na sociedade. É impossível não comentar sobre as constantes denúncias sobre corrupção que assolam o nosso país e afligem o nosso povo.

De um lado, muita indignação da população, de outro um grupo que está como um grupo de sanguessugas sobre o dinheiro público, limitando a erradicação de problemas estruturais do nosso país. O que devemos fazer? A corrupção invade todas as esferas da sociedade, não sendo um privilégio de poucos.

Como algumas pessoas tiraram Deus de suas vidas, esquecem que diante do seu puro egoísmo de se dar bem à custa dos outros lesam toda a sociedade. Isto é o fruto do pecado social e de um entendimento que a pessoa tem que dar um jeitinho de se dar bem em detrimento dos outros.

Bento XVI afirma que: “a fé sem a caridade não dá fruto, e a caridade sem a fé seria um sentimento constantemente à mercê da dúvida. fé e caridade reclamam-se mutuamente, de tal modo que uma consente à outra realizar o seu caminho”.

Ser missionário é isto também! É participar da vida ativa da sociedade, levando a boa nova. É preciso não só ficar indignado, porém agir na denúncia, não compactuando com a forma fácil, contudo se comprometendo com uma sociedade mais justa.

É sinal de caridade pelo próximo não se apossar do que não lhe pertence, nem às escondidas, desviar recursos que seriam investidos em áreas decadentes da nossa sociedade como a saúde, a educação e a segurança.

Não podemos esquecer, também, que o Evangelho da vida está no centro da mensagem de Jesus. Amorosamente acolhido cada dia pela Igreja, há de ser fiel e corajosamente anunciado como boa nova aos homens de todos os tempos e culturas. (EV 01)

Ao pensar nisto, de hoje, dia 28, até domingo, será realizado em Brasília, o 2º Congresso Nacional de Planejamento Natural da família com o tema “construir a família: por amor, com amor e para o amor!”. O evento é direcionado a bispos, padres, religiosos, casais, agentes de pastoral, médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde, psicólogos e educadores em geral.

O Congresso de Planejamento natural vai refletir desde o amor conjugal, que requer nos esposos uma consciência da sua missão de “paternidade responsável” a exercícios responsáveis da paternidade que implicam que os cônjuges reconheçam plenamente os próprios deveres, para com Deus, para consigo próprios, para com a família e para com a sociedade, numa justa hierarquia de valores.

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